terça-feira, 24 de dezembro de 2013

NOITE DE LUZ

Hoje é dia de buscar a lucidez e amanhar o silêncio,
Hoje é dia de buscar a compreensão e permanecer na resignação,
Dia de introspecção.
A existência nos convida para uma aclaração,
Deus nos permite repensar,
Jesus nos ajuda a reencontrar,
Um caminho mais quieto pra se viver, sob a égide de um amor mais forte e infatigável.
É Natal. 



Caio Dagher

domingo, 10 de novembro de 2013

LUCIDEZ

Há, aqueles que dizem:
- Sou coração!
“Coração” no sentido de emoção, sentimento. Uma alma que durante os ensaios desta existência, busca seu lado mais sentimental.

Contudo, há, outros que dizem:
- Sou razão!
“Razão” no sentido de coesão, lógica. Isto é, uma alma que durante os ensaios, escolhas e buscas existenciais, procura ser racional.

Porém coração e razão andam juntos!
Amar é a arte de transitar sem o peso do apego, é arte de caminhar sem tropeçar na imponderação da paixão.
Iluminar o coração é o mesmo que usar o amor para procurar a razão, até que a razão de tudo, seja, amar.

Caio Dagher

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

ILUMINAÇÃO

Difícil é habitar o presente. Sofremos com sentimentos passados e, com receios futuros. A verdadeira luz está no íntimo mais vivo do ser. Não podemos aprisionar dentro das miragens de nossa mente. Preste atenção em seu cá e, olvide o de lá. Só em nosso coração, nós achamos a cura para a sequela do remorso e a paciência diante os efeito da angústia. Adentrar-se com calma em nossa alma é liberdade. É a prova de que nosso autoconhecimento empírico tem o poder de nos velar da dor que nos atinge quando insistimos ser algo que já PARTIU ou que ainda vai CHEGAR.

Caio Dagher

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 Baseado na filosofia do livro “The Power of Now: A Guide to Spiritual Enlightenment” de Eckhart Tolle


domingo, 4 de agosto de 2013

OS MUNDOS E OS QUIETOS

Ser quieto não é o mesmo que ser lerdo. Os quietos costumam se reconhecer e, se proteger dos pseudos espertos. Os quietos mais jovens costumam abraçar o mundo, já os quietos mais vividos, conseguem harmonizar melhor os sentimentos que vem daquele entusiasmo apaixonado de boa causa, com ensaios de retidão e ouvidos atinados para razão. Ser quieto, também não é ser bobo, pelo contrário, o quieto sabe ser livre como um lobo. Sabe até se aparentar (se for preciso) como um tolo. Sabe a hora de tampar os ouvidos, especialmente diante as ligeiras investidas dos astutos. Os pseudos espertos costumam falar muito, já os quietos costumam observar mudo. Os quietos conseguem ouvir o silêncio, já os espertos compreendem as mensagens, apenas se houver algum tipo de barulho, pois tem dificuldade de emudecer a alma, quando a calma precisa manobrar. O bom é que os quietos e os espertos estão todos fisicamente embaralhados, porém separados por natureza e sentimentos, compondo assim, a heterogeneidade universal dos mundos. Num mesmo planeta, contudo, cada um, em seu mundo. 

Caio Dagher

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

ONIPRESENÇA

O egoísmo, infelizmente, ainda está marcado em nossas maneiras, em gestos, em poses, nas atitudes, nas renúncias e omissões. A ambição, ainda pulsa no coração. Esse coração tolo que ainda vive de ilusão, de materialismo, de egocentrismo. Considerando a mesma teoria de que a escuridão é ausência de Luz, como já diziam Einstein, Sócrates e Jesus, podemos entender que o egoísmo é ausência de solidariedade e fraternidade. Solidariedade é caridade. E a caridade é lúcida, pois primeiro se abre o coração, pra depois se abrir a mão. Isto é, não há preconceitos, não há requisitos de admissibilidade, nem endosso para anuência. Caridade é autônoma. Deve manifestar-se sem esforço. Esforço esse que se instaura quando lutamos com nossa própria deficiência ética e, ausência de intelecto moral.

Materialismo é fantasia, é ilusão. Ambos, sinônimos de imperfeição, como também pode ser ausência de espiritualidade.

E espiritualidade é Luz.

Luz é onipresença,

Deus é onipresente.



Caio Dagher



domingo, 14 de julho de 2013

DESABAFO

A vida não é feita só de triunfos! As esfinges existenciais servem para nos mostrar que lutamos contra nossa própria imperfeição. Às vezes nos deparamos com nossos temores internos, constantes fragilidades, dificuldades ideadas por causa da ausência de humildade. Esquecemos-nos de elevar a consciência na hora de questionar os dilemas existenciais, optando exclusivamente, pelo conformismo e comodismo. Os sentimentos se constroem de dentro para fora! Ninguém se arrisca amar sem ter certeza do aval oposto! Por quê... Pra sobreviver aqui, nós precisamos erguer patrimônios, nos ocultar em vestimentas tradicionais, nos acostumar com a imposição hierárquica, nos desviar das balas perdidas e, nos conformar com os descomedimentos inescrupulosos alheios? Nesse mundo a disputa pela vaga na província profissional, econômica e social é primordial, ficando como a única garantia do reconhecimento social. Contrassenso dialético? – Num ensaio sobre ser um homem ético sem vaidades e ambições! Um homem não se faz pela sua cátedra, e sim, pelo valor que sua moral e que sua força possuem diante as preponderâncias da maldade e as ligeiras e mesquinhas crises de leviandade. Devemos levantar os olhos e, procurar alentos que engordam uma consciência altruísta, interna de amor e retidão moral. Não é preciso entender tudo! Há sentimentos e, questões que só são desvelados no decorrer do tempo e, compreendidas empós o fim. Em outras palavras, a felicidade está durante a jornada e, à compreensão total, só vem no fim do passeio. Um homem se perpetua no tempo e, no espaço através da bondade que ele carrega em seu peito e, pela intenção de auxiliar sem barganhar.

Caio Dagher

terça-feira, 9 de julho de 2013

ANTES DO AMOR HÁ OUTRAS CONQUISTAS

Há tantas pessoas sofrendo por sentimentos mal correspondidos, por ilusões afetuosas e por ingenuidades imaturas, conformando numa fase nitidamente marcada pela concentração de desencontros. Amar parece ser o maior desafio do homem, por isso é tão difícil acertar e, fazer os outros felizes, por isso, nós erramos muito. Ainda não sabemos amar! A ingenuidade do ego atrelado com nossas vaidades tenciona a impressão de que sabemos amar? Grande Ilusão!Estamos neste mundo justamente pra aprender amar! Diante tantas idas e vindas é preciso repensar sobre os propósitos existenciais que abraçamos. É preciso obrar na caridade e, na benevolência, já que são potencialidades da alma, que ajudam na construção de uma consciência elevada, desapegada de paixões e entusiasmos materialistas. Na caridade a gente compreende bem esse amor, como algo quieto e nobre que ilumina o coração e, protege-nos dos nossos próprios pensamentos negativos e lamentações. Diante desse alento nós elevamos os sentidos e sentimentos, pormenorizamos ideais alinhados com nossa moral, mensuramos sentimentos através da compaixão ao invés da ilusão e, ainda, aprendemos a versar mais a arte de perdoar. Na caridade nós preenchemos o tempo e, a alma com emoções altivas e gratificantes. Deste modo, através do autoconhecimento nós começamos a entender o que realmente é o amor, e quem sabe o encontramos dentro da gente e, paramos de projetar nas pessoas aquilo que queremos que elas sejam para nós e para o mundo.

Caio Dagher

segunda-feira, 8 de julho de 2013

TRANSITÓRIO

É tão bom conversar, ser entendido e compreendido não é? É tão cordial falar dos sentimentos internos, das percepções existenciais sem se atentar com prejulgamentos. É tão bom ser você por inteiro e, não precisar omitir sua essência. É tão bom ser obreiro do contentamento de um amigo, de ser escudeiro de algum grande segredo, de ser a confiança leal de alguém. Pena que nem sempre é assim. Ainda somos tão carentes, tão inconstantes, um tanto hipotéticos e, por vezes, céticos. Há tantas desilusões neste mundo repleto de teorias sobre o amor, sobre a dor, sobre a fé, sobre o conhecimento. O que sabemos sobre a vida? Sofremos muito ao tentar estabelecer teorias e, conceitos sobre as coisas, sobre as pessoas e seus sentimentos. Sofremos por antecipação. Se tudo é transitório, pra que se apegar no que ficou ou no que está por vir? Decepcionamo-nos com tanta facilidade. Ora, que vaidade tão nata, que presunção estúpida é essa, se a falha é sempre nossa, por projetar em alguém uma falsa concepção, uma inchada expectativa de nossas vontades. Sempre vamos nos decepcionar, se acharmos que o outro seja aquilo que pensamos. Oh ilusão, meus irmãos! O que é ser certo, num mundo de tantas incertezas, em um mundo de tantos conflitos sentimentais, sociais e espirituais? O mais importante é aventurar-se nos becos escuros de si mesmo, conhecendo-te por inteiro sem meio termo. Procurar ser melhor do que ontem, ser um homem de bem. As riquezas desta vida estão no esclarecimento. Estão no entendimento sobre nossa passagem aqui neste mundo, sobre nosso propósito. No fundo cada um sabe o que veio fazer aqui. Conhecimento traz liberdade. Não estacione, tentando constituir suposições sobre o mundo e as pessoas, porque tudo muda. Bom é ser um homem de bem, trilhar quietamente. Estudar, amar e respeitar os distraídos e desfavorecidos, pois o mundo precisa de honestidade, de retidão e compaixão, pois as piores pessoas, são as que mais precisam de amor.

Quem caminha assim, não há como não ser feliz. Há espaço para todos nesse mundo. Somos protagonistas de nossas próprias vidas e herdeiros de nós mesmos. 


Caio Dagher