domingo, 4 de agosto de 2013

OS MUNDOS E OS QUIETOS

Ser quieto não é o mesmo que ser lerdo. Os quietos costumam se reconhecer e, se proteger dos pseudos espertos. Os quietos mais jovens costumam abraçar o mundo, já os quietos mais vividos, conseguem harmonizar melhor os sentimentos que vem daquele entusiasmo apaixonado de boa causa, com ensaios de retidão e ouvidos atinados para razão. Ser quieto, também não é ser bobo, pelo contrário, o quieto sabe ser livre como um lobo. Sabe até se aparentar (se for preciso) como um tolo. Sabe a hora de tampar os ouvidos, especialmente diante as ligeiras investidas dos astutos. Os pseudos espertos costumam falar muito, já os quietos costumam observar mudo. Os quietos conseguem ouvir o silêncio, já os espertos compreendem as mensagens, apenas se houver algum tipo de barulho, pois tem dificuldade de emudecer a alma, quando a calma precisa manobrar. O bom é que os quietos e os espertos estão todos fisicamente embaralhados, porém separados por natureza e sentimentos, compondo assim, a heterogeneidade universal dos mundos. Num mesmo planeta, contudo, cada um, em seu mundo. 

Caio Dagher

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