Ser
quieto não é o mesmo que ser lerdo. Os quietos costumam se reconhecer e, se
proteger dos pseudos espertos. Os quietos
mais jovens costumam abraçar o mundo, já os quietos mais vividos, conseguem harmonizar
melhor os sentimentos que vem daquele entusiasmo apaixonado de boa causa, com ensaios
de retidão e ouvidos atinados para razão. Ser quieto, também não é ser bobo,
pelo contrário, o quieto sabe ser livre como um lobo. Sabe até se aparentar (se
for preciso) como um tolo. Sabe a hora de tampar os ouvidos, especialmente diante
as ligeiras investidas dos astutos. Os pseudos
espertos costumam falar muito, já os quietos costumam observar mudo. Os quietos
conseguem ouvir o silêncio, já os espertos compreendem as mensagens, apenas se
houver algum tipo de barulho, pois tem dificuldade de emudecer a alma, quando a
calma precisa manobrar. O bom é que os quietos e os espertos estão todos fisicamente
embaralhados, porém separados por natureza e sentimentos, compondo assim, a
heterogeneidade universal dos mundos. Num mesmo planeta, contudo, cada um, em
seu mundo.
Caio Dagher
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