segunda-feira, 5 de agosto de 2013

ILUMINAÇÃO

Difícil é habitar o presente. Sofremos com sentimentos passados e, com receios futuros. A verdadeira luz está no íntimo mais vivo do ser. Não podemos aprisionar dentro das miragens de nossa mente. Preste atenção em seu cá e, olvide o de lá. Só em nosso coração, nós achamos a cura para a sequela do remorso e a paciência diante os efeito da angústia. Adentrar-se com calma em nossa alma é liberdade. É a prova de que nosso autoconhecimento empírico tem o poder de nos velar da dor que nos atinge quando insistimos ser algo que já PARTIU ou que ainda vai CHEGAR.

Caio Dagher

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 Baseado na filosofia do livro “The Power of Now: A Guide to Spiritual Enlightenment” de Eckhart Tolle


domingo, 4 de agosto de 2013

OS MUNDOS E OS QUIETOS

Ser quieto não é o mesmo que ser lerdo. Os quietos costumam se reconhecer e, se proteger dos pseudos espertos. Os quietos mais jovens costumam abraçar o mundo, já os quietos mais vividos, conseguem harmonizar melhor os sentimentos que vem daquele entusiasmo apaixonado de boa causa, com ensaios de retidão e ouvidos atinados para razão. Ser quieto, também não é ser bobo, pelo contrário, o quieto sabe ser livre como um lobo. Sabe até se aparentar (se for preciso) como um tolo. Sabe a hora de tampar os ouvidos, especialmente diante as ligeiras investidas dos astutos. Os pseudos espertos costumam falar muito, já os quietos costumam observar mudo. Os quietos conseguem ouvir o silêncio, já os espertos compreendem as mensagens, apenas se houver algum tipo de barulho, pois tem dificuldade de emudecer a alma, quando a calma precisa manobrar. O bom é que os quietos e os espertos estão todos fisicamente embaralhados, porém separados por natureza e sentimentos, compondo assim, a heterogeneidade universal dos mundos. Num mesmo planeta, contudo, cada um, em seu mundo. 

Caio Dagher

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

ONIPRESENÇA

O egoísmo, infelizmente, ainda está marcado em nossas maneiras, em gestos, em poses, nas atitudes, nas renúncias e omissões. A ambição, ainda pulsa no coração. Esse coração tolo que ainda vive de ilusão, de materialismo, de egocentrismo. Considerando a mesma teoria de que a escuridão é ausência de Luz, como já diziam Einstein, Sócrates e Jesus, podemos entender que o egoísmo é ausência de solidariedade e fraternidade. Solidariedade é caridade. E a caridade é lúcida, pois primeiro se abre o coração, pra depois se abrir a mão. Isto é, não há preconceitos, não há requisitos de admissibilidade, nem endosso para anuência. Caridade é autônoma. Deve manifestar-se sem esforço. Esforço esse que se instaura quando lutamos com nossa própria deficiência ética e, ausência de intelecto moral.

Materialismo é fantasia, é ilusão. Ambos, sinônimos de imperfeição, como também pode ser ausência de espiritualidade.

E espiritualidade é Luz.

Luz é onipresença,

Deus é onipresente.



Caio Dagher