É tão bom
conversar, ser entendido e compreendido não é? É tão cordial falar dos
sentimentos internos, das percepções existenciais sem se atentar com prejulgamentos.
É tão bom ser você por inteiro e, não precisar omitir sua essência. É tão bom
ser obreiro do contentamento de um amigo, de ser escudeiro de algum grande
segredo, de ser a confiança leal de alguém. Pena que nem sempre é assim. Ainda
somos tão carentes, tão inconstantes, um tanto hipotéticos e, por vezes,
céticos. Há tantas desilusões neste mundo repleto de teorias sobre o amor,
sobre a dor, sobre a fé, sobre o conhecimento. O que sabemos sobre a vida?
Sofremos muito ao tentar estabelecer teorias e, conceitos sobre as coisas,
sobre as pessoas e seus sentimentos. Sofremos por antecipação. Se tudo é
transitório, pra que se apegar no que ficou ou no que está por vir? Decepcionamo-nos
com tanta facilidade. Ora, que vaidade tão nata, que presunção estúpida é essa,
se a falha é sempre nossa, por projetar em alguém uma falsa concepção, uma inchada
expectativa de nossas vontades. Sempre vamos nos decepcionar, se acharmos que o
outro seja aquilo que pensamos. Oh ilusão, meus irmãos! O que é ser certo, num
mundo de tantas incertezas, em um mundo de tantos conflitos sentimentais,
sociais e espirituais? O mais importante é aventurar-se nos becos escuros de si
mesmo, conhecendo-te por inteiro sem meio termo. Procurar ser melhor do que
ontem, ser um homem de bem. As riquezas desta vida estão no esclarecimento. Estão
no entendimento sobre nossa passagem aqui neste mundo, sobre nosso propósito.
No fundo cada um sabe o que veio fazer aqui. Conhecimento traz liberdade. Não
estacione, tentando constituir suposições sobre o mundo e as pessoas, porque
tudo muda. Bom é ser um homem de bem, trilhar quietamente. Estudar, amar e
respeitar os distraídos e desfavorecidos, pois o mundo precisa de honestidade,
de retidão e compaixão, pois as piores pessoas, são as que mais precisam de
amor.
Quem caminha
assim, não há como não ser feliz. Há espaço para todos nesse mundo. Somos
protagonistas de nossas próprias vidas e herdeiros de nós mesmos.
Caio Dagher
muito bom....
ResponderExcluirconhecer o outro, Caio, é fundamental para uma boa convivência, e se fizermos isso sem um pré julgamento, estamos dando o passo certo. Abcs.
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